29 maio 2017

Deus não busca uma geração deprimida




Durante anos ouvi o versículo de 2 Crônicas 7:14 ("E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra") se repetir inúmeras vezes.

Sua aplicação se refere ao arrependimento, a súplica, ao clamor em busca da misericórdia de Deus. É uma instrução de Deus à Salomão, em um momento de escolhas do sábio rei. Hoje, na dispensação da graça, vivemos em uma outra época, conquistada através de um único e exclusivo motivo: o sacrifício de Jesus.
Tudo isso já foi conquistado para nós na cruz.

1. "então eu ouvirei dos céus..": Jesus é o nosso intercessor, o motivo do véu ter sido rasgado, nosso acesso direto ao Pai. O Pai te ouve através do Filho.
2. "...perdoarei os seus pecados...": Jesus foi o sacrifício necessário para que tivéssemos o perdão gracioso (o escândalo da graça!).
3. "... sararei a sua terra.": O sangue de Jesus já fez isso. "Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." (Isaías 53).

E o que quero dizer com isso? Que não teremos problemas? Claro que não!
O próprio Jesus nos afirma que no mundo teremos aflições, mas nos orienta a ter BOM ÂNIMO, porque ELE VENCEU o mundo.
Se aposse de uma vitória que já é sua. Ele já conquistou!
Através da conversão à Cristo, recebemos o ânimo necessário para que vivamos dia após dia nesse mundo a qual somos estrangeiros. Se aprendemos a viver Jesus e sua fabulosa graça, começamos a viver a alegria de termos encontrado o caminho para o nosso destino celeste.
Quando nos convertemos verdadeiramente ao evangelho de Cristo, logo aprendemos que somos os menores, servos de todos os irmãos. Temos a oração como estilo de vida, como combustível diário para vencermos o mundo. A busca pela face do Senhor e sua contemplação é nosso prazer. Abandonamos as vivências do mundo e o pecado, através de um processo realizado pelo Espírito Santo (é Ele quem nos convence do pecado, do juízo e da justiça).
Viva com ânimo, alegre-se! Jesus já conquistou a vitória por nós. Está consumado!
Temos visto, dia após dia, uma religiosidade entrar no meio cristão com um requisito: a infelicidade ao estar diante de Deus. Devemos ter cuidado, pois em um mundo em que problemas como a ansiedade e depressão tem entrado cada vez mais na sociedade e consequentemente na igreja, temos que lembrar da nossa diferença. Nós encontramos o motivo da nossa alegria. E Ele é suficiente para ver o mundo de maneira diferente. 
Alegre-se. Veja o mundo através da maravilhosa experiência de conhecer Jesus.


"Tenho dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês e a alegria de vocês seja completa." (João 15:11)

28 janeiro 2017

A Identidade que nos marca

O tempo muda muita coisa.
Nossas escolhas acabam definindo nossos muitos caminhos, e nos vemos em ciclos de colheita que atingem profundamente nosso ser.
Somos diariamente inundados por consequências de nossas atitudes, mesmo através da graciosa misericórdia de Deus.
Apesar de tudo isso, quando temos um encontro e uma vida em Deus, somos eternamente marcados por seu poder.
Um dia sequer vivendo o que Deus tem pra nós vale mais que mil vivendo nossa própria vontade.
Quando encontramos a Cristo, através do seu espírito, somos quem fomos feitos pra ser.
Vivemos a plenitude e intensidade do nosso chamado.
Podemos fugir, mas a identidade de filho que nos é dada nunca será apagada da memória — nem da nossa e nem dos que nos cercam.

A cruz revela nosso propósito. E nunca mais somos os mesmos.

"Nele, quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus, para o louvor da sua glória​." (Efésios: 1. 13-14)

10 julho 2016

Os quatro pontos de confronto

"Certo sábado, entrando Jesus para comer na casa de um fariseu importante, observavam-no atentamente.
À frente dele estava um homem doente, com o corpo inchado.
Jesus perguntou aos fariseus e peritos na lei: 'É permitido ou não curar no sábado?'
Mas eles ficaram em silêncio. Assim, tomando o homem pela mão, Jesus o curou e o mandou embora." (Lucas 14:1-4)

Depois dos últimos acontecimentos na mídia, resolvi, antes de tudo, me refugiar na palavra. Pedi a Deus uma direção pra entender algumas coisas, e Ele me ministrou profundamente nesses versículos.


O primeiro ponto é: Jesus entrou para comer na casa de um fariseu, mestre da lei. Ele estava ceiando junto aos que, posteriormente, seriam chamados de "hipócritas". E Ele estava lá.

O segundo ponto é: pode-se curar alguém, mesmo quando as regras e a religiosidade direcionam para que não? É possível olhar pra alguém com olhar de graça, mesmo sendo essa pessoa um doente - inchado de pecados e culpas? Seguindo o texto, aprendemos que sim.


O terceiro ponto: Os fariseus ficaram em silêncio. É muito fácil nos colocarmos na posição de Jesus, como agentes de cura, mas e quando nos comportamos como fariseus? E quando queremos impor regras, e acabamos sendo extremamente julgadores e legalistas? 


Quando assim nos apresentamos, deveríamos aprender pelo menos isso com os fariseus: nos manter em silêncio para que Jesus aja. Aprendam: você não precisa ter uma opinião sobre tudo. No momento em que você clama por graça para um lado e condena o outro ao inferno, você se iguala por baixo. A graça está disponível para todos que a buscarem.

O quarto e último ponto: Ele curou, e o mandou embora. Aquele doente foi curado por Jesus e partiu, carregando em seu corpo um milagre e a cura de Cristo, sabendo que o milagre foi através dEle.
Temos que ter consciência que nossa cura, libertação e salvação foi e é unicamente através do poder que há em Jesus. Não tornemos nosso testemunho algo que venha trazer mais orgulho a nós mesmo do
que glória ao nome do Cristo.


Que aprendamos a saber que a cura, libertação e restauração vem de Cristo. E, assim como os fariseus, quando Deus trabalha, muitas vezes nós só temos que aceitar as "quebras de regras" e ficarmos em silêncio.


Há poder em Jesus, por Jesus e através de Jesus.

13 fevereiro 2016

Crescer



"Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino." (1 Coríntios: 13. 11.) 



Como assim, Paulo!? Como acabar com as coisas de menino, se o próprio Jesus nos manda ser como crianças?
A resposta é simples: meninice é diferente de inocência.
Jesus nos orienta sermos inocentes, puros, livres como crianças... Mas Paulo nos deixa bem claro que temos que deixar as meninices de lado.
Temos que amadurecer nossa mente, deixar de infantilidades que só prejudicam a nós mesmos. Uma das coisas que tenho sido confrontado tem sido a seguinte alusão: já viu menino machucado querer passar remédio? Já viu menino querer ir no médico por causa de um tampão de dedo perdido na pelada no asfalto? Eu nunca vi.
Menino foge de remédio porque remédio dói. O curativo incomoda. Cicatrizar dá trabalho.
Muitas vezes nos comportamos como meninos, fugimos da cura de nossas feridas. Nos recusamos a buscar a cicatrização, e isso só piora as coisas, aumenta a dor, abre mais o machucado, e essa ferida pode ser porta para infecções e quando você se dá conta: generalizou.
A infecção tomou conta do seu corpo, da sua alma, e ficou tudo mais difícil de ser curado.
Muitas vezes deixamos nossas feridas tão expostas que, com facilidade, outra pessoas vem e machucam mais ainda.
Mas ei! Ele é Jeová Rafa! O Deus que sara! Ele é a solução pra nossas feridas. Ele cura nossas almas. Ele é o mesmo do começo.
Temos que abandonar nossas vontades infantis e nos comportarmos como homens.
Temos que ser pessoas que reconhecem suas feridas, mas que permitem que sejam curadas.
Que amadureça o menino em mim e que o homem que apareça - por mais falho que seja - seja sempre um homem segundo o coração de Deus.
É o que peço.