“As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo;” (Cantares 8:7a)
Passamos por um período difícil, uma enchente de proporções nunca antes vistas em nossa cidade.
Vimos o “aqui não alaga” se transformar em “nunca tinha chegado aqui antes”. Riscos nunca antes cogitados, ou pelo menos não levados a sério... Uma tragédia que ainda torcemos para o fim.
Mas é lindo – na medida do possível – ver o amor vencer. É nessa hora que o coração arde. A fé é provada. A perseverança crescida. A esperança regada.
O Brasil parou para nos olhar. Não para o rio. Para nós. E nós, paramos para olhar uns para os outros. Os antes invisíveis estão na frente dos nossos olhos. Os antes ‘pretos e brancos’ ganharam cor.
E têm tanto para nos ensinar. Confesso que gostaria de enxergar assim sempre, e que não fosse necessário que houvesse uma tragédia para isso acontecer.
Se me perguntarem o que eu perdi nessa histórica alagação... Bom, não perdi minha casa, mas perdi uma parte de mim. Uma parte que não conseguia mais enxergar a necessidade de levar o bem onde prevalecia o mal.
Estamos sangrando e não precisamos abrir mais a ferida. Façamos nossas partes para estancá-la, para curá-la. Não importa de quem é a responsabilidade, importa é o que podemos fazer.
Estamos vivendo o amor, e as águas não serão capazes de apaga-lo e muito menos afoga-lo. Além das marcas deixadas pela água, espero que mantenham-se as marcas deixadas pelo amor.
Que aprendamos e perseveremos vivendo este contínuo amor!
Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
Amados, se Deus assim nos amou, também nòs devemos amar uns aos outros.” (1 João 4:8-11)
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